segunda-feira, 26 de março de 2012

Cenas de sexo e violência na TV

Por Cecília Bizerra
Observatório do Direito à Comunicação       


A Andi -Comunicação e Direitos e o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social publicaram o documento “Mídia e infância: o impacto da exposição de crianças e adolescentes a cenas de sexo e violência na televisão” que, em dez páginas, faz o levantamento dos principais estudos elaborados em diversos países sobre o tema.


A pesquisa apresenta estudos sobre os impactos da exposição de crianças e adolescentes a cenas televisivas de sexo e violência desenvolvidas há várias décadas em diversos países. A conclusão é que, majoritariamente, o contato regular de garotos e garotas com conteúdos inadequados pode levar a sérias consequências, como comportamentos de imitação, agressão, medo, ansiedade, concepções errôneas sobre a violência real e sexualização precoce.

O documento apresenta resultados de estudos realizados na Holanda, Canadá, Alemanha e Suécia, mas dedica a maioria de suas páginas a pesquisas realizadas nos Estados Unidos, onde, nos últimos 40 anos, foram realizadas mais de 3.500 pesquisas sobre os efeitos da violência na televisão sobre os espectadores.
Um dos estudos norte-americanos levantados pelo documento foi o longitudinal realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan, que relaciona a exposição de crianças à violência na TV e seus comportamentos agressivos e violentos no início da fase adulta. A pesquisa mediu em 1977 os hábitos de 557 crianças de Chicago em relação aos meios de comunicação, especialmente ao consumo de programação televisiva violenta. Após 14 anos ouviu 329 daquelas crianças, já adultas, com idades entre 20 e 22  anos, e verificou que uma maior exposição a conteúdos violentos transmitidos pela tevê durante a infância foi capaz de predizer um maior nível de agressão na vida adulta, independentemente do quão agressivos os participantes eram quando crianças.

“O constatado pela equipe de pesquisa de Michigan é que mesmo crianças que não eram  agressivas na infância – e de todos os estratos sociais – ao terem sido expostas a um  volume expressivo de conteúdos televisivos violentos durante esse período acabaram por apresentar maior probabilidade de se tornarem adultos agressivos”, cita o documento.

O estudo também apresenta resultados de pesquisas que apontam como efeitos da exposição das crianças à violência na mídia o aumento de comportamentos agressivos, a perda de sensibilidade à violência no mundo real e o crescimento do medo. “O Physician Guide to Media Violence – publicado pela American Medical Association (AMA), em 1996 – alerta que a exposição a um único filme, programa de televisão ou reportagem pode resultar em depressão emocional, pesadelos ou outros problemas relativos ao sono em muitas crianças, particularmente as mais novas. E crianças amedrontadas estão mais sujeitas a se tornarem vítimas ou agressores”.

Classificação indicativa como política pública

Evidências como estas fizeram com que, ao longo das últimas décadas, as principais democracias do planeta adotassem sistemas similares ao da Classificação Indicativa utilizada pelo Ministério da Justiça brasileiro, com o fim de proteger os direitos humanos de crianças e adolescentes expostos ao conteúdo da televisão. “Com a Classificação Indicativa, as programações televisivas passam a dar indicação à família sobre a faixa etária para a qual as obras audiovisuais são recomendadas. Isso porque é um direito inalienável das famílias decidir o que seus filhos podem ou não assistir”, afirma o documento.

A opinião é respaldada por recomendações do Comitê para os Direitos da Criança da Onu e da Unesco, que aconselham os governos nacionais a assumirem atitudes concretas de proteção aos direitos da criança e do adolescente no campo da comunicação de massa. As entidades apontam que fatores como fácil acesso e alto consumo de televisão no país e a evidência que pais e mães trabalharem e permanecerem a maior parte do tempo fora de casa, fortalecem a necessidade de se defender a Classificação Indicativa como uma política pública fundamental para garantir o respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes.
“Para os pais poderem cumprir com suas responsabilidades em relação à proteção do processo de desenvolvimento de seus filhos, antes o Estado e as empresas devem fazer sua parte, estabelecendo e obedecendo os limites para a veiculação de conteúdos potencialmente danosos”, recomenda o documento.
O estudo “Mídia e infância: o impacto da exposição de crianças e adolescentes a cenas de sexo e violência na televisão” está disponível para download, na íntegra, e pode ser conferido aqui.

Fonte: http://www.revistapontocom.org.br



segunda-feira, 19 de março de 2012

ANIMA ESCOLA RONDÔNIA

O Projeto Anima Escola proporciona a professores e alunos a experiência de se expressar através da linguagem da animação.
 
O Projeto Anima Escola proporciona a professores e alunos a experiência de se expressar através da linguagem da animação. Um programa, especialmente elaborado para o ambiente escolar, introduz o cinema de animação como prática pedagógica, possibilitando novos modos de produção de conhecimento.
Idealizado pelo Anima Mundi, Festival Internacional de Animação do Brasil, realizado desde o ano de 1993 nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo e que é hoje o segundo maior festival de animação do mundo, o Anima Escola vai realizar um curso de Produção de Filmes de Animação para multiplicadores da cidade de Porto Velho. O objetivo é que após o curso os multiplicadores estejam capacitados para realizar filmes de animação com a população local.
O projeto foi contemplado na 8ª edição do Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais, que tem como proposta fomentar o intercâmbio interregional por meio de atividades e experimentações ligadas às artes visuais. Em Rondônia, contará com a parceria do FestCine Amazônia, um evento que acontece anualmente no estado divulgando e promovendo discussões em torno da produção de cinema e vídeos nacionais e internacionais sobre o meio ambiente.
 
2. Participantes
  • Professores do Ensino Fundamental e Médio com interesse em utilizar a linguagem da animação em suas práticas pedagógicas.
  • Educadores ou profissionais de projetos culturais e/ou educativos que queiram conhecer os recursos da animação e multiplicar o conhecimento adquirido.
  • Como o curso terá um módulo a distância, é importante que os participantes tenham fácil acesso à internet e disponibilidade de tempo para participar.
3. Ementa do curso
O curso terá 2 módulos, sendo um presencial e um a distância.
Módulo presencial
Introdução teórica à linguagem da animação: a história do desenvolvimento da ilusão do movimento e os seus fundamentos. Experiências práticas curtas com processos simples: “dobradinha”, flipbook, zootrópio.
Exercícios livres com técnicas diferentes de animação. Estruturação de roteiros (individuais e coletivos). Elaboração de “storyboards” e “animatics” dos roteiros trabalhados pela turma. Suporte técnico para a continuidade do trabalho com animação, com os equipamentos existentes no local.
Módulo a distância
Acompanhamento e suporte técnico, artístico e pedagógico às atividades iniciadas durante o módulo presencial: produção de filmes, realização de oficinas com alunos, instalação de laboratórios, visando à conclusão de projetos e continuidade da prática do conhecimento adquirido.
Data do módulo presencial: de 23 a 27 de abril
Horário: 8 às 12h (turma 1) / 13h às 17h (turma 2)
Local: Teatro Banzeiros
Data do módulo a distância: 30 de abril a 22 de junho
Vagas: 20 vagas para cada turma
 
mais informações e inscrições pelo saite:
 
 

sexta-feira, 9 de março de 2012

CURSO A DISTANCIA

Estão abertas as inscrições para 750 vagas no curso a distância “Controle Social e Cidadania”. O curso é gratuito e será realizado totalmente pela Internet, entre 13 de março e 12 de abril de 2012. Voltado para todo cidadão interessado em saber mais sobre como acompanhar a gestão pública, especialmente as lideranças locais, conselheiros, e representantes sociais, o Curso “Controle Social e Cidadania” está estruturado em três módulos de estudo: Módulo I – “A participação popular no Estado brasileiro” Módulo II – “O controle das ações governamentais” Módulo III – “O encaminhamento de denúncias aos órgãos responsáveis” Veja a ementa completa do curso. Para participar, basta ter acesso à internet, um endereço de e-mail e conhecimentos básicos navegação. Os participantes que obtiverem aproveitamento mínimo de 70% receberão certificado. Objetivando democratizar o acesso às vagas, para esta 14ª edição do curso as inscrições ocorrerão em 03 períodos: A partir de 8/3, estarão abertas as inscrições para as turmas: 1, 2, 3 e 4 A partir de 9/3, estarão abertas inscrições para as turmas: 5, 6 e 7 A partir de 10/3, estarão abertas inscrições para as turmas: 8, 9 e 10. Cada turma comportará 75 alunos. Para garantir a efetividade de nossas ações, o aluno que não iniciar o curso em até 7 dias após o início das aulas será automaticamente excluído da turma. As inscrições poderão ser feitas no endereço www.escolavirtual.cgu.gov.br Informações: escolavirtual.suporte@cgu.gov.br

PROTAGONISMO JUVENIL

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RONDÔNIA, Brazil
Projeto de fomento e incentivo a ações educativas que tenham como finalidade a emergência de jovens Protagonistas, democráticos e participativos.